Num mundo desprovido de razão, estética é tudo. Mesmo se não fosse pela canção dos B-52's, um lugar chamado Idaho merece ser conhecido só por isto. Já fiz o mesmo com o Paseo de Gracia da música do Alan Parson Project em Barcelona; o Beauborg do relativamente desapontador disco do Vangelis; a Santorini da música do Yanni; aquela coisa decepcionante no Central Park chamada Strawberry Fields; Edmonton, a cidade do quartel general da Tropa Alfa das revistas em quadrinhos; ou com Canberra, porque nas aulas de Geografia da quarta série aprendemos que é a capital da Austrália. E, nesta mesma viagem, acho que vou conseguir encaixar a sonora Omaha, do enigmático estado de Nebraska.
Mas, de qualquer modo, Boise dançou, e bater ponto em Idaho era imprescindível. Então, parada estratégica em Idaho Falls, que sequer consta no guia turístico pirateado aqui no iPad. Mas a cidade não é menos digna do que as outras visitadas até agora, com uma bela paisagem no caminho desde Salt Lake City, e cachoeirinhas de uma represa artificial construída ao longo do rio que cruza a cidade. Aqui também travo meu primeiro reencontro com o Jack in the Box, do remoto momento em minha vida em que eu era mais sendentário, (ainda mais) pançudo, não menos infeliz (naquele momento frustrado com o que não havia acontecido ainda, em vez de com o que não acontecerá mais...). Aqui não há a saudosa bomba de chocolate, mas os tacos mexicanos permanecem gloriosos.
lugar bonito, texto saboroso. Às vezes puxa pro ácido, mas, mesmo assim, saboroso.
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