Baltimore continua linda, bem mais turística do que quando estive aqui pela última vez, e minha alma tinha só uns 248 anos de idade. Mas de qualquer modo mereceria uma (re-)visita, só por ser a cidade natal do Philip Glass...
E, finalmente, num tom mais acadêmico, hoje foi dia de ir lá puxar o saco do tiozinho da Johns Hopkins, ficar conversando sobre caipirinhas e outros clichés, mas pelo menos o almoço foi pago por ele, um sushizinho meio sem graça mas, enfim, de graça. Após feito o social, visita ao túmulo de Allan Poe, que sinceramente nunca me fez muita falta e pouca falta continua fazendo, mas também era uma dívida antiga que eu tinha a pagar com o The Alan Parsons Project.
Passando por lojas disto e daquilo e de mais outra coisa, e no máximo tomando nota de títulos de coisas para piratear da internet depois, percebo o contraste com minhas primeiras viagens, às quais eu ia pesando uns 65 kg (sim, já tive este peso um dia, acreditem...), e voltava pesando mais de 100, com discos, revistas em quadrinho, roupas e eventuais outros cacarecos embaixo do braço. Agora, se minha mochila se extraviasse, eu teria algum transtorno pela falta de roupas, mas todo o fundamental carrego comigo, passaporte e dinheiro no bolso, e tablet na capanga confeccionada pelo meu talentoso pai. Tornei-me atualmente um não-consumidor. Tudo de que preciso, a urgente inexistência e, enquanto esta não me chega, ou não chego a ela, juventude, inocência, miopia existencial, não estão à venda em lojas. O que dizer do estar-no-mundo de alguém que passa um mês viajando no paraíso do capitalismo e levará como suas grandes compras de volta pra casa uns sucrilhos, achocolatados e suquinhos de pacotinho comprados num supermercado de uma qualquer esquina?
Por fim, o dia de hoje comemora a segunda vez que consegui tomar um café expresso ao longo de toda a viagem, mas daquele café de coador deles já tomei oceanos. Mais cafeína o caralho, continuo cochilando no metrô sem qualquer cerimônia....
Meu caro, meus parabéns!!! Você usou todas as forças contra a compulsão. UM ÓTIMO EXEMPLO para seus pacientes! ahahhaha claudia gomes
ResponderExcluirVisitinha a um dos grandes Professores da Johns Hopkins, e não ao Tiozinho.... Prof. Thomas August é um cara brilhante e gente que faz, digno de respeito e admiração. Alguém que ao invés de reçlamar da vida, aos 83 anos está lá ativo, em busca de uma vacina contra o HIV.... Agradeça e não esnobe.... Sem a minha pessoa você nem teria e trado na JHU... E acompanhando uma convidada!!!
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