E à medida que a costa oeste se aproxima (ou nos aproximamos dela, depende do quadro de referência....), também aumenta o preço de tudo, e com isto a precariedade a que é necessário nos submetermos pra não acabarmos pedindo moedinhas na sarjeta com um copo de papelão na mão. O hotel, de uns já não baratos 80 dólares, fica cááá lonjão do centro. Pra chegar aqui, 5 dólares no busão, e tem que ficar indo e voltado pra trazer as mochilas na chegada, voltar para a cidade, voltar pro hotel à noite, e amanhã começa tudo de novo. Pra tentar poupar um pouco de grana e exercitar a musculatura da avareza, resolvemos ir à cidade a pé, depois de descansar um pouco da chegada às 4:30 da madrugada. A caminhada, de umas 2 horas, foi das mais cênicas da viagem, mas, em boa parte do tempo, feita em pleno acostamento de rodovias, sem nenhuma chance de escapar para qualquer outra direção que não sob as rodas de um caminhão. Uma senhorinha chegou a encostar para perguntar se estava tudo bem.
E agora, depois de deixar minhas narinas em carne viva de tanto cheirar potes em uma enorme e fantástica loja dedicada a temperos e pagar ainda mais caro na condução de volta ao hotel, porque era horário de pico, já passa de 10 da noite e pela janela aqui na periferia segue o som do pancadão do baile funk no boteco do outro lado da rua. Tá foda.
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