Ah, o genial Charles Strouse.... Entre a temporada no cinema da amaldiçoada por deus cidade de Presidente Venceslau, onde eu passava as férias de minha longíqua infância, e as tantas reprises vespertinas na Sessão da Tarde, não há filme a que eu tenha assistido tantas vezes quanto Annie, versão cinematrográfica do musical, estranhamente dirigida por um cara ainda mais pré-histórico do que eu, John Huston, mas dizem que aqueles filmes em preto-e-branco dele eram bons. E depois comprei a trilha sonora do filme, e do musical original da Broadway, e até mesmo achei na internet a música de uma montagem argentina! Aliás, como será que se chama a Broadway da Angentina, El Caminón?
E hoje, finalmente, assisto pessoalmente à nova montagem, fechando a gestalt. Ao preço de ter perdido o musical do Homem-Aranha, que seria um concorrente de peso se não tivessem posto Bono Vox, aquela enrustida, para compor a música. Cara, montam uma peça milionária, tecnicamente complexíssima, cobram 80 dólares o ingresso mais chulé, e chamam o Bono pra escrever o libretto? Que feio...
E teve também o passeiozinho-padrão até Staten Island e ao monumento ao atentado ao ex-World Trade Center. Cara, deve ser glorioso olhar pela janela do escritório, ver um avião inteiro se dirigindo ao orifício entre suas nádegas, sentir um ou dois segundos do mais pleno pavor, e então sem sequer ter tempo para sentir qualquer dor ou desconforto, ser instantânea e inapelavelmente libertado da sua vã existência. Ninguém se deu conta, mas aquele não é um lugar de condolência, e sim de inveja inconfessa.
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