sábado, 27 de outubro de 2012

26/10 - Raleigh - North Carolina

À medida que descemos em direção ao sul, os ônibus vão ficando mais lotados, os funcionarios da Greyhound, (ainda) mais grosseiros e abusivos, e a fauna humana que nos acompanha, mais malcheirosa, nauseante, e impertinente. A escória da escumalha do rebotalho. Dado que as passagens não são baratas, fico me perguntando por que ainda permaneço seguindo de ônibus nesta viagem, se não pela inércia cognitiva de seguir com algo uma vez começado, seja no que diz respeito ao meio de transporte, seja por esta minha coisa recorrente de, ano após ano, tentar cobrir 463 cidades e 32 países em 30 dias. Desta vez, pelo menos foi um país só.
De qualquer modo, com o a viagem e o gás se aproximando do fim, os dias de hoje e de amanhã, até por serem passados aqui meio neste cu caipira sulista do mundo, foram dedicados mais ao descanso, contemplação, meditação e promoção da paz universal. Então o grande programa de hoje foi apenas a visita ao museu de história natural deles, surpreendentemente mais ajeitadinho, simpático e interativo do que o próprio similar de Nova Iorque. É meio como fazer uma refeição na Ana Paula Arósio, e depois dar uma bimba descomprometida com a Dilma e acabar gostando mais....
E quando o dia já estava para se encerrar tediosamente, descubro uma apresentação do Rocky Horror Picture Show à meia-noite, edição especial de Halloween. Também este é um filme com o qual tenho longa história, iniciada no tempo em que as videolocadoras alugavam fitas em VHS com cópias de cópias de filmes pirateados, passando pelo momento em que tive a oportunidade de assistir num cinema, ao lado de uma paixão pré-histórica, a evento semelhante, a compra de várias versões da trilha sonora do filme e de montagens da peça, assistir uma montagem na Broadway com a participação especial de Sebastian Bach como Rocky, e agora novamente a participação do público no cinema, desta vez em grande estilo, com a reencenação do filme todo na frente do palco e com direito a muitos peitinhos durinhos de fora. Ah, a opressiva saudade da juventude que meu corpo já carregou um dia, e que tantos outros agora carregam....

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