Dia investido na banalidade de dormir, acordar, sentir preguiça, dormir mais, acordar, me arrepender por ter perdido tanto tempo dormindo, comer, me arrepender de ter comido em vez de ter ficado dormindo, visitar os museus gratuitos furrecas, deixar de visitar os museus melhorzinhos por serem pagos, me recriminar por ser tão mesquinho, me dar conta de que um mesquinho autorecriminante não é menos mesquinho do que um autocomplacente com a própria mesquinhez.
À noite, me fascino com a sensação de ter sido atropelado pelo meu próprio tempo, podendo agora encontrar com duas dedilhadas no tablet o endereço de um (distante) supermercado no qual comprar o almoço para a viagem de amanhã, coisa que, na última vez que estive nos Estados Unidos, não era sequer concebível. Por outro lado, acabo comprando a mesma caixa com um lanchinho com frios e bolachinhas salgadas que já havia comprado nas primeiras viagens para cá tantos anos atrás, e me lembro nostalgicamente do tempo em que coisas como uma caixa de lanchinho eram suficientes para me fascinar, enquanto agora a ininterrupta neura com a pança, se me poupa do contato com angústias ainda mais punks, também me dificulta a indulgência a estes pequenos prazeres gastronômicos.
Mas, enfim, o almoço foi linguiça de rena, e a sobremesa foi milk-shake de cookie, então acho que há formas piores de sentir culpa alimentar do que a de hoje...
Faltou a salsicha no seu sanduíche com pimentão... Você deve ter amado esse artefato provocador de idéias fantasiosas femininas e instigado um possível desejo por comprá-lo e etc e tal... Mas a melhor mesmo, é estar de mãozinhas dadas no ursinho pimpão... Tá mesmo muito meiga e romântica essa foto! Casal perfeito!!! hahahah
ResponderExcluirÉ, sei lá, quem não tem cão caça com urso....
ResponderExcluirAquilo é um artigo de sex-shop de países frios? :)
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